A morte tem identidade? Considerações tecidas a partir do romance Saramaguiano “as intermitências da morte”
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v17i29.31981Palavras-chave:
Memória; Identidade; Morte.Resumo
Este artigo aborda a representação da morte na obra "As Intermitências da Morte", de José Saramago, por meio de uma análise literária. Por meio de uma abordagem interdisciplinar, foram exploradas as visões de autores Elias (2001); Ariès (2012); e Simmel (1909) sobre a morte e o morrer; e Candau (2011) Bauman (2005) sobre identidade. Assim, na obra, a morte é retratada inicialmente como uma personagem temida e rejeitada pela sociedade, mas, após um período em que ninguém morre, sua identidade entra em conflito e se começa a se modificar. Nesse contexto, a morte se personifica como uma bela mulher, buscando compreender a experiência humana e questionar a natureza humana em contraste com sua própria essência. A relação entre a morte e a vida é explorada, destacando a importância da morte como um elemento que confere sentido à existência. A narrativa culmina em um encontro amoroso entre a morte e um músico, onde a morte decide não cumprir seu dever e se personifica. Esse desfecho simboliza a transformação da identidade e conhecimento sobre a morte, mostrando-a como uma entidade capaz de compreender emoções e experiências humanas.
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