O estágio não obrigatório remunerado na educação infantil: emprego, trabalho ou formação?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtm.v18i32.31732

Palavras-chave:

Estágio Não Obrigatório Remunerado; Formação; Trabalho Docente.

Resumo

O estágio não obrigatório remunerado é elemento formativo do processo de trabalho docente uma vez que oportuniza ao estudante inserir-se no ambiente de trabalho relacionando teoria e prática.  Este estudo aborda o significado do estágio não obrigatório remunerado para as estagiárias: emprego, trabalho ou formação? O objetivo é analisar e compreender a concepção de trabalho e trabalho docente com base nas atividades desenvolvidas no estágio não obrigatório remunerado pelas estagiárias nos Centros Municipais de Educação Infantil de Francisco Beltrão - PR.  A pesquisa é desenvolvida com base em referenciais crítico-dialéticos e utiliza como procedimentos   metodológicos a    pesquisa   bibliográfica e de campo. A produção de dados foi realizada a partir das informações fornecidas via formulário pelas diretoras   ou coordenadores   pedagógicos   dos   Centros Municipais de Educação Infantil e pela   Secretaria Municipal de Educação e questionários direcionados às estagiárias. Os resultados indicam que o estágio é visto como um trabalho pelas estagiárias muito ligado a uma concepção empregatícia, valorizando o fator da remuneração. No entanto revela contradições uma vez que o estágio não obrigatório remunerado, ao mesmo tempo que é formativo, por conta do conjunto de conhecimentos teórico-metodológicos que a experiência pedagógica proporciona é, também, meio de intensificação, desprofissionalização e exploração do trabalho docente.

 

PALAVRAS-CHAVE: Estágio Não Obrigatório Remunerado; Formação; Trabalho Docente.

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Publicado

10-09-2024

Como Citar

TIBURSKI BIDO, G. F.; SILVEIRA PORTELINHA, Ângela M. O estágio não obrigatório remunerado na educação infantil: emprego, trabalho ou formação?. Temas & Matizes, [S. l.], v. 18, n. 32, p. 127–144, 2024. DOI: 10.48075/rtm.v18i32.31732. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/31732. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Edição de Fluxo Contínuo