Na fronteira entre o encantamento e o estranhamento: Caminhos trilhados no ensino médio integrado ao técnico
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtm.v17i29.32033Keywords:
Fronteira; Ensino Médio integrado ao Técnico; Identidade.Abstract
This article presents the journey of Portuguese/Spanish and Sociology teachers at the Federal Institute of Mato Grosso do Sul, Ponta Porã campus, specifically on the border between Brazil and Paraguay. In doing so, considerations are made regarding the border as a space where cultures and languages meet, often becoming a place of tension and the dissemination of prejudices. Therefore, there is a need for education in interculturality in the surrounding area, so that the school becomes a space for addressing differences, which, in complementarity, would also strengthen the causes of those on the margins of society. Due to this stance, experiences with teaching, research, and extension activities aimed at breaking stigmas are reported, seeing the diversity of the border as an opportunity for reflection and the formation of individuals positioned critically about their surroundings, prioritizing respectful and well-informed dialogue in the tense encounter with differences. The path taken also contributes to the professional development of teachers who, due to their geographical displacement, recognize the vicissitudes of the border area in which they work.
References
ALBUQUERQUE, J. L. C. A dinâmica das fronteiras: os brasiguaios na fronteira entre Brasil e Paraguai. São Paulo: Annablume, 2010.
BHABHA, H. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2008.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Programas Regionais. Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. Brasília, DF: Ministério da Integração Nacional, 2009. Disponível em: https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/publicacoes/cartilha-faixa-de-fronteira.pdf. Acesso em: 01 set. 2023.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. PORTARIA Nº 213, DE 19 DE JULHO DE 2016. Estabelece o conceito de "cidades-gêmeas" nacionais, os critérios adotados
para essa denição e lista todas as cidadesbrasileiras por estado que se enquadram nesta condição. Brasília, DF: Ministério da Integração Nacional, 2016.
CASTANHO, Eli Gomes.; VIVIANI, Fabrícia C. Nas tramas do nhanduti: tecendo a igualdade de gênero num instituto federal de fronteira. LEIA ESCOLA, v. 20, n. 2, p. 43-62, 2020. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/Leia/article/view/1838. Acesso em: 05 dez. 2023.
CASTANHO, E. G. Entre a tradição e a tradução: representações sobre identidades e línguas da fronteira Brasil/Paraguai. 2016. 231f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.
CAVALCANTI, M. C. Estudos sobre educação bilíngue e escolarização em contextos e minorias lingüisticas no Brasil. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 15, n. spe, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44501999000300015&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 set. 2023.
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2019. Brasília: CIMI, 2020. Disponível em: https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/10/relatorio-violencia-contra-os-povos-indigenas-brasil-2019-cimi.pdf. Acesso em: abr. 2021.
FANON, F. Pele negra, mascarás brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FRIGOTTO, G. Projeto societário, ensino médio integrado e educação profissional: o paradoxo da falta e sobra de jovens qualificados. In: FRIGOTTO, G. (ORG.). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2018. p. 41-62
GAGO, V.; MALO, M. La Internacional Feminista. Luchas en los territorios y contra el neoliberalismo. In: GAGO, V. La Internacional Feminista. Luchas en los territorios y contra el neoliberalismo. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Tinta Limón, 2020. p. 9-23.
GARCÍA, O. Bilingual education in the 21st century: A global perspective. Malden/Oxford: Wiley/Blackwell, 2009.
MAHER, T. M. A educação do entorno para a interculturalidade e o plurilingüismo. In: Kleiman, A.; Cavalcanti, M. (ORG.). Lingüística aplicada: suas faces e interfaces. Campinas: Mercado de Letras, 2007a. p. 235-270.
MAHER, T. M. Do casulo ao movimento: a suspensão das certezas na educação bilíngüe e intercultural. In: CAVALCANTI, M. C.; BORTONI-RICARDO, S. M. Trasnculturalidade, Linguagem e Educação. Campinas: Mercado de Letras, 2007b. p. 67-94.
MAPA DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO BRASIL. Mato Grosso do Sul teve maior taxa do país de violência contra lésbicas, gays e bissexuais em 2017. Rio de Janeiro: Gênero e Número, 2019. Disponível em: https://mapadaviolenciadegenero.com.br/centro-oeste/. Acesso em: 23 jan. 2021.
MCCARTY, T. L. Entry into conversation. Introducing ethnography and language policy. In: MCCARTY, T. L. (ORG.). Ethnography and language policy. New York and London: Routledge, 2011.
PACHECO, E. Fundamentos político-pedagógicos dos institutos federais: diretrizes para uma educação profissional e tecnológica transformadora. Natal: IFRN, 2015.
PIRES-SANTOS, M. E. O cenário multilíngüe/multidialetal/multicultural de fronteira e o processo identitário “brasiguaio” na escola e no entorno social. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
RAMOS, M. Ensino Médio integrado: lutas históricas e resistências em tempos de regressão. In: ARAÚJO, A. C.; SILVA, C. N. N. da. (ORG.). Ensino Médio integrado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios. Brasília: Ed. IFB, 2017. p. 20-43.
BERGER, Í. R. Gestão do multi/plurilinguismo em escolas brasileiras na fronteira Brasil-Paraguai: um olhar a partir do Observatório de educação de fronteira. 298f. Tese (Doutorado em Linguística) - Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
BERGER, I. R. Por políticas linguístico-educacionais sensíveis ao contexto da tríplice fronteira Argentina-Brasil-Paraguai. Ideação, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 33–44, 2012. DOI: 10.48075/ri.v13i2.5666. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/5666. Acesso em: 5 dez. 2023.
RUIZ, R. Orientations in language planning. NABE Journal, v. 8, n. 2, p. 15-34, jan. 1984. Disponível em: https://experts.arizona.edu/en/publications/orientations-in-language-planning. Acesso em: 05 dez. 2023.
SCHOLL, A. P. O conceito de translinguagem e suas implicações para os estudos sobre bilinguismo e multilinguismo. Revista da ABRALIN, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 1–5, 2020. DOI: 10.25189/rabralin.v19i2.1641. Disponível em: https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1641. Acesso em: 30 nov. 2023.
SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES. Mapa do feminicídio de Mato Grosso Do Sul. Campo Grande: SECID/MS. jun. 2020. Disponível em: http://www.secid.ms.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/MAPA-DO-FEMINICI%CC%81DIO-VERSAO-FINAL-Luciana.pdf. Acesso em: abr. 2021
VIVIANI, F. C. De front à fronteira: trajetória de uma pedagogia em ação. Itinerarius Reflectionis, Goiânia, v. 18, n. 1, p. 01–22, 2022. Disponível em: https://revistas.ufj.edu.br/rir/article/view/68812. Acesso em: 30 set. 2023.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2012: Atualização Homicídio de Mulheres no Brasil. São Paulo: Flacso, 2012.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.