Análise de indicadores de metodologias ativas em sequências didáticas de ciências da natureza em um curso de Pedagogia de uma Universidade Estadual do Paraná

Autores

  • Nathalie Akie Omachi
  • Poliana Barbosa da Riva

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtm.v17i31.32208

Palavras-chave:

Metodologias Ativas; Ciências da Natureza; Formação Inicial.

Resumo

As metodologias ativas são um conjunto de metodologias que centralizam o estudante no processo de aprendizagem, propiciando situações para que possam atuar, refletir e argumentar sobre sua realidade, permitindo a tomada de decisões, pois nessa relação dialógica professor e estudante, o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa atuar como facilitador, enquanto o estudante torna-se protagonista de sua aprendizagem. Confluindo com o exposto, os documentos normativos consideram que a aprendizagem do ensino de ciências deve ter como enfoque atividades que propiciem aos estudantes investigação e colaboração. Nesse contexto, como podemos desenvolver atividades tendo como base as metodologias ativas? Quais fatores precisam ser levados em consideração? Diante desse cenário, o presente artigo tem por objetivo analisar e discutir alguns indicadores de Metodologias Ativas (MAs) proposto por Ventura (2019), em três sequências didáticas elaboradas por discentes do curso de pedagogia em uma disciplina de Metodologias e Práticas do Ensino de Ciências, em uma universidade pública do Paraná, através de uma análise qualitativa e documental dos planejamentos elaborados. Com base na análise dos dados foi possível identificar quatro indicadores de MAs, nas dimensões relacional e pedagógica, a partir das quais foi possível discutir acerca das estratégias didáticas elaboradas por professores dos anos iniciais.

Biografia do Autor

Poliana Barbosa da Riva

Poliana Barbosa da Riva é Doutora em Educação para Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e professor temporário da área de ensino nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia na UEM. Também atua como professora de Biologia do Ensino Médio da rede privada.

Referências

ALTHAUS, M. T. M.; BAGIO, V. A. As metodologias ativas e as aproximações entre o ensino e a aprendizagem na prática pedagógica universitária. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 7, n. 2, p. 79–96, 2017. DOI: 10.35699/2237-5864.2017.2342. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/2342. Acesso em: 27 fev. 2024.

LIMA, A. M. de et al. Construção de foguetes com materiais reutilizáveis no Ensino Fundamental. Anais do SEPE-Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS, v. 2, n. 1, 2012. Disponível em: https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SEPE-UFFS/article/view/794. Acesso em: 27 fev. 2024.

BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. São Paulo: Penso Editora, 2018. p. 1-25.

BARROS, K. B. N. T; SANTOS, S. L. F.; LIMA, G. P. Perspectivas da formação no ensino superior transformada através de metodologias ativas: uma revisão narrativa da literatura. Revista Conhecimento Online, [S.l.], v. 1, p. 65–76, 2017. DOI: 10.25112/rco.v1i0.472. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/472. Acesso em: 04 fev.2024.

BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S.l.], v. 32, n. 1, p. 25, mar. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0383.2011v32n1p25.

BONWELL, C. C; EISON, J. A. What is active learning? In: BONWELL, C. C; EISON, J. A. Active Learning: creating excitement in the classroom. Washington: Ashe-Eric Higher Education Report no, 1991. p. 18-22.

CAVALCANTI NETO, A. L. G.; AQUINO, J. L. F. A avaliação da aprendizagem como um ato amoroso: o que o professor pratica? Educação em Revista, v. 25, n. 02, p. 223-240, ago. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/G8jSCxDmCMRDnZcY67m5x4m/?format=pdf&lang=pt.Acesso em: 14 mar. 2023.

DEWEY, J. Experiência e educação. 2. ed. São Paulo: Atualidade Pedagógica, 1976. 101 p.

DEWEY, J. Vida e educação. 5. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1965. 115 p.

DIESEL, A.; BALDEZ, A.; MARTINS, S. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, [S.l.], v. 14, n. 1, p. 268-288, fev. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15536/thema.14.2017.268-288.404.

FIASCA, A. et al. A utilização de metodologias ativas no ensino de física: uma possibilidade para o ensino de relatividade restrita na educação básica. Disponível em: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/930/828. Acesso em: 21 set. 2022.

FILATRO, A.; CAVALCANTI, C. C. Metodologias Ativas. In: FILATRO, A.; CAVALCANTI, C. C. Metodologias inov-ativas: na educação presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. p. 10-65.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 70. ed. Rio de Janeiro: Paz&Terra, 2021.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1995.

MARQUES, H. R. et al. Inovação no ensino: uma revisão sistemática das metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Avaliação, Campinas, v. 26, n. 3, p. 718-741, nov. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/C9khps4n4BnGj6ZWkZvBk9z/#. Acesso em: 27 fev. 2024.

MEYERS, C.; JONES, T. B. Undestanding active learning: the case for active learning. In: MEYERS, C.; JONES, T. B. Promoting active learning: strategies for the colege classroom. San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1993. p. 1-18.

MORAN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, C. A.; MORALES, O. E. T. (Org.). Coleção Mídias Contemporâneas: Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: UEPG/PROEX, 2015. p. 15-33. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 30 de nov.2022.

NASCIMENTO, T. E.; COUTINHO, C. Metodologias ativas de aprendizagem e o ensino de Ciências. Multiciência Online, Santiago, v. 2, n. 3, p. 134-153, abr. 2017. Disponível em: http://urisantiago.br/multicienciaonline/?daf=artigo&id=51. Acesso em: 27 fev. 2024.

PINTO, A. S. S. et al. Inovação Didática - Projeto de Reflexão e Aplicação de Metodologias Ativas de Aprendizagem no Ensino Superior: uma experiência com “peer instruction". Janus, Lorena, v. 9, n. 15, p. 75-87, 2012.

RICHARTZ, T. Metodologia ativa: A importância da pesquisa na formação de professores. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 13, n. 1, p. 296-304, 2015. Disponível em: http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2422. Acesso em: 04 fev. 2024.

SOARES, C. Metodologias ativas: uma nova experiência de aprendizagem. São Paulo: Cortez, 2021. 151 p.

VENTURA, P. P. B. Indicadores de metodologias ativas com suporte das tecnologias digitais: estudo com docentes do instituto federal de educação, ciência e tecnologia do Ceará. 2019. 194 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira da Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.

ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZAYKOWSKI, L. et al. Clube de ciências: uma proposta de iniciação a ciências no ensino fundamental. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 11, n. 1, 2019.

Downloads

Publicado

13-03-2024

Como Citar

OMACHI , N. A.; BARBOSA DA RIVA , P. Análise de indicadores de metodologias ativas em sequências didáticas de ciências da natureza em um curso de Pedagogia de uma Universidade Estadual do Paraná. Temas & Matizes, [S. l.], v. 17, n. 31, p. 629–653, 2024. DOI: 10.48075/rtm.v17i31.32208. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/32208. Acesso em: 12 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Formação de professores e as atividades investigativas na Educação em Ciê