O ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID19: A EXPERIÊNCIA DO FORMATO REMOTO
DOI :
https://doi.org/10.48075/rtm.v14i25.25978Mots-clés :
Educação não-formal, Estágio obrigatório, Pandemia Covid19, Trabalho pedagógico.Résumé
Este trabalho apresenta a experiência do primeiro estágio curricular obrigatório do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Londrina, realizado remotamente no contexto da pandemia da Covid19. Trata-se do Estágio Supervisionado em Gestão da Educação Não-Formal, problematizando e refletindo o papel do pedagogo nos espaços de Educação Não-formal. As bases teóricas consideraram Gohn (2016), Pimenta (2012), Libâneo e Pimenta (2002), Peroni (2006), na defesa da necessidade do pedagogo nos espaços de Educação não-formal, assim como a diferenciação da organização da Educação nestes espaços para que não seja apenas uma reprodução do sistema de Educação formal. A opção metodológica considerou as orientações nacionais que exigiram o distanciamento social, e diante da demanda do campo de estágio pela formação dos educadores do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos nos temas da Educação Étnico Racial, a proposta foi a realização de um curso remoto para a formação dos educadores utilizando as plataformas digitais para encontros virtuais. Os encontros com os educadores trabalharam três eixos considerando a Educação Étnico Racial, sendo i) bases legais e históricas da Educação Étnico Racial, ii) naturalização do racismo e discriminação no cotidiano e iii) práticas para o trabalho Étnico Racial com os educandos. As intervenções permitiram perceber a importância de pensar, desde a formação inicial, a atuação do pedagogo na Educação não-formal, assim como a necessidade do debate Étnico Racial nas práticas educativas. Como resultado, o estágio contribuiu para o entendimento das especificidades da Educação não-formal e da necessidade do distanciamento das práticas formais adotadas na Educação sistematizada.
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