Formação de professores de Química: concepções de racionalidade em estágio curricular supervisionado

Autores

  • Andreia Florencio Eduardo de Deus UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Noemi Sutil UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DOI:

https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2018.v.2.n.3.20102
Agências de fomento
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E EM MATEMÁTICA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS) -CAMPUS REALEZA

Palavras-chave:

CURRÍCULO EM CIÊNCIAS

Resumo

Resumo: O Estágio Curricular Supervisionado envolve problematização e articulação entre teoria prática. Este perfil de formação está relacionada com a autonomia, posicionamento dialógico e crítico frente as questões sociais. Este delineamento se aproxima da Teoria do Agir Comunicativo (TAC) de Jürgen Habermas. Destaca-se concepção de formação de professores fundamentada nos pressupostos da TAC. Propõe-se analisar concepções de racionalidade no contexto de Estágio Curricular de licenciandos em Química de uma instituição de Ensino Superior. A pesquisa do tipo exploratória agrega princípios qualitativos e envolve observação direta em atividades relacionadas ao Estágio Curricular. Os dados foram analisados conforme pressupostos da Análise de Conteúdo. Como resultado, observou-se a predominância da racionalidade instrumental no ideário dos licenciandos, a carência argumentativa e a ausência de participação efetiva do supervisor da escola no processo de formação. Entretanto, aponta-se para possíveis rupturas e o desenvolvimento de racionalidade comunicativa.

Palavras-chave: Formação de professores de Química; Estágio Curricular Supervisionado; Racionalidade Comunicativa.

 

Chemistry teacher education: conceptions of rationality in supervised curricular internship

Abstract: The Supervised Curricular Internship involves problematization and articulation between theory and practice. This training profile is related to autonomy, dialogical and critical positioning in relation to social issues. This outline approaches Jürgen Habermas' Theory of Communicative Action (TAC). We highlight the conception of teacher education based on the assumptions of the TAC. It is proposed to analyze conceptions of rationality in the context of Curricular Internship of graduates in Chemistry of an institution of Higher Education. Exploratory research adds qualitative principles and involves direct observation in activities related to the Curricular Stage. The data were analyzed according to the assumptions of Content Analysis. As a result, we observed the predominance of instrumental rationality in students' ideals, the lack of argument and the lack of effective participation of the school supervisor in the training process. However, it points to possible ruptures with the development of communicative rationality.

Keywords: Chemistry Teachers’ Education; Supervised Curricular Internship; Communicative Rationality.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andreia Florencio Eduardo de Deus, UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

Graduação em Pedagogia, Especialista em educação de Ciência e matemática, Mestre em Educação em ciência e em matemática. Pedagoga na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza, lotação Coordenção acadêmica, Nucleo de apoio Pedagógico.

Noemi Sutil, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Doutora em Educação Para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professora adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Referências

BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 27 fev. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 01/2002, de 18 de fevereiro de 2002.Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 abr. 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 jul. 2015. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp>. Acesso em: 27 fev. 2018.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

CONTRERAS, J. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

DINIZ-PEREIRA, J. E. Formação de professores: pesquisa, representações e poder. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

FERNANDES, C. S.; GONÇALVES, F. P. Reflexões epistemológicas acerca da racionalidade técnica na docência e no desenvolvimento profissional de formadores de professores de ciências da natureza. In: GÜLLICH, R. I.; HERMEL, E. E. S. (Org). Educação em ciências e matemática: Pesquisa e formação de professores. Chapecó: Editora UFFS, 2016. p. 251-266.

GELAMO, R. P. Filosofia do sujeito, pedagogia da razão e educação da infância e René Descartes. In: PAGNI, P. A.; SILVA, D. J. Introdução à filosofia da educação. Temas Contemporâneos e história. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 126-145.

HABERMAS, J. Teoria do Agir Comunicativo 1: Racionalidade da ação e racionalização social. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012a.

HABERMAS, J. Teoria do Agir Comunicativo 2: Sobre a crítica da razão funcionalista. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012b.

JAPIASSU, H. A crise da razão no ocidente. Pesquisa em Educação Ambiental, Ribeirão Preto, v. 1, n. 1, p. 27-41, 2006. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/pea/article/view/30007/31894>. Acesso em: 27 fev. 2018.

KANT, I. Resposta à pergunta: Que é “esclarecimento”? (Aufklärung) In: KANT, I. Textos seletos. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 63-71.

SELL, C. E. Racionalidade e racionalização em Max Weber. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 27, n. 79, p. 153-172, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php script=sci_arttext&pid=S0102-69092012000200010>. Acesso em: 27 fev. 2018.

SILVA, S. L. P. Razão instrumental e razão comunicativa: um ensaio sobre duas sociologias da racionalidade. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, v. 2, n. 18, p. 2-9, jan. 2001. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/944>. Acesso em: 27 fev. 2018.

TARDIF, M; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. 9. ed. Petrópolis, Vozes, 2014.

ZABALZA, M. A. O estágio e as práticas em contextos profissionais na formação universitária. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2014.

Downloads

Publicado

29-12-2018

Como Citar

DEUS, A. F. E. de; SUTIL, N. Formação de professores de Química: concepções de racionalidade em estágio curricular supervisionado. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 432–444, 2018. DOI: 10.33238/ReBECEM.2018.v.2.n.3.20102. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rebecem/article/view/20102. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Pesquisa