MENSTRUAÇÃO & CIÊNCIAS: O PODER E OS OLHARES DA RESISTÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.48075/ReBECEM.2025.v.9.n.1.33773Palabras clave:
Menstruação; Ciências; Poder; Resistência.Resumen
Este estudo analisa narrativas e experiências sobre a menstruação buscando intersecções com as ciências, contextualizando-as por relações de poder e influências culturais. Investigamos as interdições sociais que cercam esse tema, destacando como o silenciamento e a estigmatização são perpetuados por discursos dominantes enquanto produzem, simultaneamente, pontos de resistência. A metodologia incluiu a aplicação de questionários em redes sociais. O procedimento de análise foi traçado com base em teorizações foucaultianas sobre o discurso. Identificamos que a naturalização da menstruação é, frequentemente, usada como um dispositivo político de identificação, e observamos a produção de resistências no discurso. Concluímos que os discursos científicos podem reforçar uma visão rígida e autoritária sobre a menstruação e os corpos que menstruam, de modo que os discursos sobre a menstruação são atravessados por relações de poder complexas, que se entrelaçam com cultura, economia, religião e biopolítica e são também, usados como resistência que minam e contestam estigmas.
Descargas
Citas
BUENO, Gessica de Brito; DOS SANTOS, Christian Fausto Moraes; DA SILVA, Eduardo Mangolim Brandani. Corpos castos, sangues profanos: mulher, menstruação e medicina na américa portuguesa do século XVIII. Anais da ReACT-Reunião de Antropologia da Ciência e Tecnologia, v. 5, n. 5, 2022.
CUNHA, Manuela Carneiro da Cunha. Ciência, racionalidade e pluralidade cultural: reflexões sobre o discurso científico na modernidade". Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 15, n. 42, 2000.
DERRIDA, J. La différance in Marges de la Philosophie. Paris: Les Editions de Minuit; Collection «Critique», 2003.
HESSE, Mary. The structure of Scientific Inference. London: Macmillan, 1974.
IRUSTA, Erika. Ciencia Ciudadana: Cómo reclamar la menstruacción. Madrid:
Instituto Nacional de Tecnologías Educativas y de Formación del Profesorado, 2022.
FINDLAY, J. Principles of class teaching. Londres: McMillan, 1902.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins, 2000.
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France,
pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 18. ed. São Paulo: Loyola, 2009.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia e a história das ideias IN: A Arqueologia do Saber. 8ª edição, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1: A vontade de saber. 8. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.
KNORR-CETINA, Karin D. A fabricação do conhecimento: um ensaio sobre a natureza construtivista e contextual da ciência . Elsevier, 2013.
KOHEN, Micaela; MEINARDI, Elsa. Problematizando las enseñanzas sobre la menstruación en la escuela: lo disimulado, lo negativo, lo silenciado. Bio-grafías, v. 9, n. 16, p. 179-183, 2016.
LATOUR, Bruno. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Unesp, 2000.
MORAIS, Janaina de Araujo. Gênero, corpo e sangue: uma etnografia sobre a medicalização da menstruação. Anais Eletrônicos do Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress, Florianópolis, 2017.
SARDENBERG, Cecilia M. B. “De Sangrias, Tabus E Poderes: A Menstruação Numa Perspectiva Sócio-Antropológica.” Estudos Feministas, vol. 2, no. 2, 1994, pp. 314–344.
UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância; UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas. Mais de 60% de adolescentes e jovens que menstruam já deixaram de ir à escola ou a outro lugar que gostam por causa da menstruação. 2021a. Disponível em: <https://www.ureportbrasil.org.br/story/825/>. Acesso em: 10 de maio, 2022.
ZALLOCO, Ornela Barone; ROHATSCH, Magdalena. Ciclo menstrual y sexualidad/Menstrual cycle and sexuality. Revista de Educación, n. 21.1, p. 255-269, 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Ana Carolina Hyrycena, Moisés Alves de Oliveira

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.